domingo, 24 de janeiro de 2016

Campeões da Copa Santiago, Airton Fagundes, Silvano e Laion já estudariam propostas

Não há confirmação ainda, mas, após a conquista do título da Copa Santiago alguns campeões já estariam encaminhando seu futuro. Nos bastidores, ainda no gramado, comentava-se que pelo menos o técnico Airton Fagundes e os meias Laion e Silvano (autor do gol do título) já teriam seus destinos selados.

O técnico teve seu nome cotado para trabalhar nas categorias de Base do Internacional. Ele próprio não confirma. "Não sei o que vai acontecer agora. Não tenho agente, não tenho empresário. Vamos ver", disse após o apito final.

Em relação aos atletas, Laion teria despertado interesse de algumas equipes, mas a proposta mais atrativa seria do Inter. Silvano, que foi cedido pelo Veranópolis para a disputa da Copa Santiago, teria acertado sua ida para o São Paulo.

Se há verdade nessas conversas, em breve saberemos. Da mesma forma, outros destinos podem ter sido selados a partir das grandes atuações e do título conquistado pelo Cruzeiro. Estamos de olho!


Grupo do Cruzeiro terminou super valorizado com a conquista do títuto. Negócios à vista.
Foto: Ieda Beltrão

Como ficou a Seleção da Copa Santiago 2016. Laion foi eleito o Melhor Jogador

A imprensa votou e elegeu os melhores da 28ª Copa Santiago e, claro, não faltaram nomes do campeão Cruzeiro nessa lista. Confira:

Goleiro: Phelipe (Grêmio)

Zagueiros: Igor (São Paulo) e Alemão (Cruzeiro)

Lateral Direito: Luquinhas (Cruzeiro)

Lateral Esquerdo: Guedes (Grêmio)

Volantes: Rafinha (Cruzeiro) e Igor Lizieiro (São Paulo)

Meias: Laion (Cruzeiro) e Guilherme (São Paulo)

Atacantes: Willian Fávero (Cruzeiro) e Santarém (Avaí)

Melhor Técnico: Airton Fagundes (Cruzeiro)

Melhor Preparador Físico: Alexandre Gonçalves (Cruzeiro)

Jogador Destaque: Igor Lizieiro (São Paulo)

Jogador Revelação: Laion Da Silveira Rodrigues (Cruzeiro)

Melhor jogador: Laion Da Silveira Rodrigues (Cruzeiro)

Melhor Ártitro: Rafael Klein (Santa Maria)


Natural de Unistalda, o meia Laion recebeu três distinções por parte da imprensa. 
Foto: Ieda Beltrão

Campanha histórica do Cruzeiro termina com título inédito da Copa Santiago


Quando a 28ª Copa Santiago começou, poucos acreditavam que o Cruzeiro pudesse passar da primeira fase. Integrante de um grupo que tinha os grandes São Paulo e Palmeiras, os catarinenses de Criciúma e Chapecoense e os sempre perigosos paraguaios, representados pelo 3 de Febrero, o time de Santiago - como de costume - havia sido montado na última hora, pouco mais de 30 dias antes do início da competição.

Mas a experiência de outras duas Copas ajudou e o técnico Airton Fagundes "encaixou" a equipe, formada por jogadores vindos de diversos clubes do interior gaúcho, alguns até com passagem por clubes da elite brasileira, como o Avaí. O pouco tempo de trabalho então deixou de ser empecilho e passou a ser usado como motivação para melhorar a cada dia.

A estreia contra o Criciúma foi promissora. Um empate diante de uma equipe que já fora finalista da Copa logo no primeiro jogo fez bem ao grupo. Mas como dimensionar o resultado do 1 a 1 se pela frente havia o poderoso São Paulo. Na prática se viu com a bela vitória de 2 a 1 e uma atuação pra lá de convincente.

Vitória sobre o Tricolor paulista, moral em alta, tropeçar contra o 3 de Febrero seria inadmissível. O caminho da classificação passava por um resultado positivo. E ele veio. Com sobras, com ótima atuação, com a equipe mostrando poder de reação mais uma vez.

Contra a Chapecoense um ponto seria suficiente para a classificação matemática. Mas do outro lado estava o campeão catarinense. Que nada! Foi a Chape que entrou em campo respeitando o bom retrospecto do Cruzeiro e o 1 a 1, além de justo, foi suficiente para carimbar o passaporte. E ainda dava para ser campeão do grupo. Para isso seria necessário vencer o Palmeiras.

O primeiro lugar não veio. A derrota para o Palmeiras passou por falhas até então não cometidas ou que haviam passado despercebidas diante das boas atuações. O primeiro lugar poderia ser tornar terceiro, como se tornou, e o caminho para a sonhada final agora passaria pelo multi-campeão Internacional e, quem sabe mais adiante, pelo Grêmio.

Nas quartas de final, mais uma atuação de gala, impecável. Vitória por 1 a 0 sobre o dono de 13 títulos da Copa e, ao final da noite, a confirmação de que para disputar o título o time de Fagundes teria que passar também pelo Grêmio.

Assim como acontecera nas quartas com o torcedor do Inter, na semifinal os gremistas estavam divididos. Mesmo usando a camisa de seu clube do coração, havia espaço também para gritar "vamo Cruzeiro". Suficiente para motivar a rapaziada do Airton. Suficiente para fazer história. Suficiente como o 1 a 0.

Na final, o Alceu Carvalho se vestiu de azul. Quem nunca saía de casa para ver o Cruzeiro saiu e lá viu um dos capítulos mais importantes da história do clube ser construída. Quem lá esteve ou ouviu pela rádio, viu pela ainda embrionária Tv Copa, se emocionou, pulou, gritou, cantou, xingou, vibrou e esqueceu até a tão falada crise para abraçar o amigo, o familiar, o desconhecido ao lado quando o aniversariante Silvano marcou, aos 15 do segundo tempo, o gol do título.

Festa estrelada sob a luz de uma lua maravilhosa, brilhante, radiante com todos que testemunharam o feito inédito e em seguida saíram pelas ruas da cidade, de carro, de moto, de bicicleta, a pé.

É campeão! É campeão! É campeão! Cruzeiro Esporte Clube, campeão da 28ª Copa Santiago de Futebol Juvenil.


Pouco tempo para trabalhar não impediu time de Airton de fazer história. Foto: Ieda Beltrão

Justa homenagem a Diego Marquite e Wilson Ferreira

Homenagens foram prestadas durante a cerimônia de premiação. Fotos: Ieda Beltrão
Na abertura da cerimônia de premiação da 28ª Copa Santiago um momento marcou e silenciou por alguns instantes as arquibancadas do estádio Alceu Carvalho. Foi quando a direção do Cruzeiro Esporte Clube prestou uma singela e justa homenagem a dois desportistas e apoiadores do clube que se despediram em 2015.

A entrega de camisetas com os nomes de Diego Marquite e Wilson Ferreira aos familiares foi marcante. Os aplausos da torcida como forma de reconhecimento emocionaram e arrepiaram a todos que conheciam ou em algum momento conviveram com os dois ex-diretores do Cruzeiro, que em períodos diferentes da história auxiliaram de alguma forma para o crescimento do clube e a manutenção da Copa.

Vagner Moleta Rodrigues recebeu a camiseta em nome da família de Diego, seu primo, e os filhos Dioni e Júnior representaram a família de Wilson, carinhosamente conhecido como Barriguinha.


Acreditar é preciso, sempre! Cruzeiro Campeão da Copa Santiago


Eu poderia escrever tanta coisa, sobre tanta coisa que vi, li e ouvi durante a 28ª Copa Santiago que ficaria uma manhã inteira. Mas hoje opto apenas por dizer que o título foi merecido, que todos que fizeram parte desta conquista, de uma forma ou de outra, têm mais é que comemorar e que não havia nada mais justo que o Cruzeiro erguesse a taça ao final da competição.

Nem fica bem citar nome numa hora dessas, mas um em especial merece ser citado para representar todos os que batalharam, sonharam e acreditaram nessa conquista: Airton Fagundes. Esse cara é o cara.

Humilde, honesto, respeitador, inteligente, estudioso, esforçado, gente do bem, ele enfrentou um ano de incertezas e dificuldades para mobilizar um grupo de meninos há 30 dias da Copa e mostrar a eles o caminho das vitórias. Méritos muitos têm, mas vejo nele o símbolo da perseverança, da dedicação e da inteligência, pois "ensinar" um grupo a se comportar como grupo com tão pouco tempo de trabalho é para poucos.

Ele acreditou, muitos acreditaram (até aqueles que desacreditavam) e o sonho virou realidade.

Valeu Cruzeiro, campeão!!!!