terça-feira, 26 de abril de 2016

Minhas impressões sobre a derrota da ASF para a Uruguaianense


Já se passaram alguns dias e o foco já é no jogo do próximo sábado contra o Independente, mas ainda dá tempo de compartilhar com vocês algumas das impressões que trouxe do último sábado, quando a ASF perdeu em casa, por 6 a 3, para a Uruguaianense. Nada demais, apenas impressões mesmo. Coisas de quem acha que o resultado faz parte e que perdemos para uma boa equipe e não jogamos mal como alguns podem ter pensado e até dito.

- Acredito que quando se tem um pênalti a favor logo no começo do jogo, quando a partida ainda está 0 a 0 a ordem deve ser "dá um bicho e enfia o goleiro para dentro do gol". Não foi o que o Marcelo fez. Chutou colocado, no canto baixo de um goleiro com quase dois metros de altura. "Senta o dedão", disse um torcedor ao meu lado na arquibancada.

- Depois de perder o pênalti, não acredito que Marcelo fosse a pessoa mais indicada para a cobrança do tiro-livre após a sexta falta. Se a ideia foi dar confiança ao jogador, não deu certo. Vale pela personalidade de tentar, mas quando se está perdendo não é mais fácil investir em outro batedor, o Vanilson ou o Baby, por exemplo?

- Sem dúvida alguma o goleiro Jhon deixou a quadra como principal vilão na derrota. Lógico que a culpa dos 6 a 3 não é exclusiva dele, nem a maior parte dela, mas ficou nítido que após os gols sofridos no primeiro tempo, em especial o primeiro, onde falhou em uma bola teoricamente fácil, o abalaram. Faltou o Edinho chamá-lo de lado no intervalo e dizer: "Fica aqui um pouco, deixa o Leandro (ou o Juliano) jogarem um pouco. Tava na cara que até na hora de sair jogando o bom goleiro acusou o golpe.

- Outra situação que acredito também esteja preocupando o técnico Edinho é a ausência de Titoco, que só deve voltar contra Salto do Jacuí, dia 7. Entendo que Vagner seria uma ótima opção, pela experiência que tem, para os momentos em que Kapeta descansava. Provavelmente não foi aproveitado porque vinha atuando improvisadamente como pivô, onde vem tendo poucas oportunidades. Talvez ele até pudesse ser o "pisador" que tanto se fala nas arquibancadas e nos bastidores, mas o melhor teste seria jogar mais tempo ao lado de Emerson, que tem o melhor passe para esse tipo de situação. Os dois atuaram pouco juntos, o que dificulta uma melhor avaliação. Aliás, diga-se de passagem, Vagner é o principal prejudicado pela situação. Não está adaptado à função de pivô e por estar nessa função não tem oportunidade na sua, que é a de beque. 

Entendam que estou destacando aqui alguns pontos que acredito possam ser melhorados. Os pontos positivos já comentei após a primeira partida (por aqui e nos lugares em que fui chamado para falar sobre o jogo). Penso que o time tem bom padrão de jogo, que tem bons valores individuais, tem qualidade na marcação, mesmo que tenha sofrido 9 gols em dois jogos, e muito a melhorar ao longo da competição, que é longa e propicia que se cresça dentro dela. Um exemplo disso é o pivô Felipe, que vem demonstrado muita raça, ótima movimentação e dedicação o tempo todo que está em quadra. Vanilson é outro nome em ascenção. Isso sem contar as boas atuações de Rafael Kapeta, a maturidade do Pablo, a qualidade de passe e chute do Marcelo e a experiência, ganhando ritmo de jogo novamente, de Emerson e Mosquito.

Tenho certeza que o Edinho - com toda experiência que tem - assim como a direção estão vendo o que eu e outros torcedores/pitaqueiros viram e trabalham duro todos os dias para fazer os ajustes. Podem até discordar em vários pontos, podem ver (e certamente enxergam) muitos outros pontos que não vi ou não escrevi aqui. Enfim, tudo que é visto/dito/ouvido é para melhorar, entendo eu.

Estamos no caminho e uma vitória no sábado, longe de casa, contra um time que também precisa vencer, vai devolver qualquer pontinho de confiança que possa ter se perdido após o resultado negativo em casa. Força máxima e três pontos na conta para enfrentarmos o forte Salto do Jacuí, com casa cheia, no dia 7.